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Magazine Luiza (MGLU3): A recuperação à vista ou mais desafios? Análise completa e perspectivas para 2025
Vamos analisar o cenário completo e as perspectivas para a empresa, considerando as últimas atualizações:
A notícia de que o Magazine Luiza (MGLU3) projeta um faturamento de R$ 70 bilhões em 2025, sendo R$ 50 bilhões provenientes do online, traz um panorama interessante para a empresa. Essa projeção representa um crescimento em relação aos R$ 65,3 bilhões faturados em 2024 (vendas totais, incluindo marketplace).
Cenário Atual e Últimas Atualizações
O Magazine Luiza tem enfrentado um período desafiador, com suas ações sofrendo quedas significativas nos últimos anos. No entanto, o ano de 2025 tem mostrado sinais de recuperação para a MGLU3.
Recuperação em 2025: A ação da Magazine Luiza tem apresentado uma valorização expressiva de 59% em 2025 até o momento (dados de junho de 2025). Isso indica um movimento de alta consistente, com o papel operando acima das médias móveis, o que sugere uma força compradora no curto prazo.
Projeção de Faturamento: A estimativa do CEO Frederico Trajano de R$ 70 bilhões de faturamento em 2025, com forte foco no online, demonstra o otimismo da gestão e a aposta na plataforma digital.
Resultados Financeiros: No primeiro trimestre de 2025 (1T25), a empresa registrou lucro líquido de R$ 12,8 milhões, uma queda de 54,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, encerra o sexto ciclo consecutivo no azul. Já no 4T24, o lucro líquido foi de R$ 294,8 milhões, um crescimento de 38,9%.
Recomendações de Mercado: As opiniões dos analistas estão divididas.
A XP Investimentos mantém uma recomendação Neutra para MGLU3, com preço-alvo de R$ 7,50 por ação para o final de 2025. Eles apontam que o cenário competitivo continua desafiador e que a instabilidade macroeconômica (juros elevados, renda pressionada, inflação) representa risco para a demanda de bens duráveis.
O Citi rebaixou sua recomendação para Venda em abril, considerando que antecipar um ciclo de demanda positivo seria otimista demais.
Por outro lado, o Jefferies iniciou a cobertura do Magalu em maio com recomendação de Compra, considerando a empresa uma das melhores apostas em um cenário de queda de juros. Eles veem a empresa bem posicionada para o próximo ciclo de redução de juros e crescimento de bens duráveis.
Dividendos: O Magazine Luiza aprovou a distribuição de dividendos intermediários no montante líquido de R$ 225 milhões, com pagamento previsto para 5 de maio de 2025. Para investidores que buscam renda recorrente, no entanto, a ação ainda não é a mais indicada, sendo mais voltada para valorização de capital.
Endividamento e Captações: A empresa tem trabalhado para reduzir sua alavancagem, que caiu de 12,7 vezes o EBITDA no 1T22 para 4,5 vezes atualmente. Além disso, o Magalu captou US$ 50 milhões com o BID Invest para investir em marketplace e fintech.
Mercado e Concorrência: A concorrência no setor de e-commerce e varejo continua acirrada, com grandes players (Mercado Livre, Amazon, Shopee) investindo em serviços e custos mais baixos.
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O Que Vem a Seguir?
As perspectivas para o Magazine Luiza estão ligadas a diversos fatores macroeconômicos e setoriais:
Queda dos Juros: A expectativa de queda da taxa de juros (Selic) é um fator crucial para o setor de varejo, especialmente para bens duráveis. Juros menores tendem a impulsionar o consumo e reduzir o custo de captação de recursos para as empresas. O Jefferies, por exemplo, projeta que uma queda de 1 ponto percentual na Selic poderia impulsionar o EBT do Magalu em 166%.
Cenário Macroeconômico: A recuperação da renda e o controle da inflação são essenciais para o aumento do poder de compra dos consumidores e, consequentemente, para o desempenho das vendas do varejo.
Estratégia Digital: O forte foco no online, que deve representar a maior parte do faturamento de 2025, é um pilar importante da estratégia do Magazine Luiza. A expansão do marketplace e o desenvolvimento de novas soluções digitais (como o MagaluBank) são cruciais para o crescimento.
Resistências e Suportes Técnicos: A análise técnica aponta resistências importantes para MGLU3 entre R$ 10,50 e R$ 11,50. Um rompimento consistente dessa faixa poderia indicar força compradora e abrir espaço para patamares mais altos. Por outro lado, suportes imediatos estão entre R$ 9,71 e R$ 9,00.
Comprar, Pular Fora ou Aguardar?
A decisão de investir, vender ou aguardar as ações do Magazine Luiza é complexa e depende do seu perfil de investidor, tolerância a risco e horizonte de investimento.
Comprar: Pode ser uma opção para investidores com visão de longo prazo e que acreditam na capacidade da empresa de se beneficiar da recuperação econômica, da queda dos juros e do crescimento do e-commerce. A valorização de 59% em 2025 já sinaliza uma tendência de recuperação, e a projeção de faturamento do CEO reforça o otimismo. Além disso, a melhoria das margens e retornos, mesmo sem novos investimentos, e a posição da empresa como líder em governança corporativa e esforços ESG são pontos positivos.
Pular Fora: Seria uma alternativa para investidores que buscam menor risco ou que não acreditam na recuperação consistente da empresa no cenário competitivo atual. As preocupações com a concorrência acirrada e o cenário macroeconômico ainda volátil são fatores a considerar. Além disso, a queda de 54,3% no lucro do 1T25 pode ser um alerta.
Aguardar: Esta pode ser a opção mais prudente para quem ainda tem dúvidas. Observar os próximos resultados trimestrais, o comportamento da taxa de juros e as iniciativas da empresa para fortalecer seu ecossistema digital pode fornecer mais clareza sobre a sustentabilidade da recuperação.
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Recomendação Ponderada:
Considerando os fatores atuais, a ação da Magazine Luiza (MGLU3) parece ter entrado em um novo ciclo de recuperação em 2025, impulsionada pela perspectiva de queda de juros e o forte posicionamento digital. No entanto, o cenário ainda apresenta desafios, como a concorrência e a volatilidade.
Para um investidor, seria importante:
Analisar seu próprio perfil de risco: A MGLU3 ainda é considerada uma ação de alta volatilidade.
Acompanhar os próximos balanços: Verificar se as projeções de faturamento se concretizam e se a lucratividade se mantém ou melhora.
Observar o cenário macroeconômico: A evolução da taxa de juros e da inflação terá um impacto direto no setor de varejo.
Se você possui uma visão de longo prazo e acredita no potencial de crescimento do e-commerce no Brasil e na capacidade do Magazine Luiza de se adaptar e competir, pode considerar a compra gradual das ações. Contudo, é fundamental ter consciência dos riscos envolvidos. Caso contrário, ou se sua tolerância ao risco for baixa, aguardar por mais sinais de estabilidade e recuperação pode ser a melhor estratégia.
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