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Gastos disparam e dívida do Brasil pode bater 99% do PIB
Enquanto o brasileiro lida com inflação persistente, juros elevados e uma carga tributária sufocante, o governo segue aumentando seus gastos como se a responsabilidade fiscal fosse um detalhe.
De acordo com o Fundo Monetário Internacional, a dívida pública bruta do Brasil deve alcançar 92% do PIB em 2025, podendo atingir 99,4% até 2029 caso nenhuma medida relevante seja adotada para conter esse avanço.
O cenário é alarmante. Em 2024, o custo previsto apenas com o pagamento de juros da dívida supera R$ 1 trilhão, o equivalente a 8,4% do PIB. Um valor que consome parte significativa do orçamento público e limita os investimentos em áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura. Ao contrário do que o discurso político muitas vezes sugere, o problema não está na falta de recursos, mas no seu mau uso. O Estado brasileiro gasta mal e gasta muito.
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Mesmo com a criação do novo arcabouço fiscal, o governo federal tem ampliado despesas de forma contínua. Aumento no número de ministérios, reajustes salariais no funcionalismo e expansão de programas de transferência de renda estão sendo conduzidos sem contrapartidas reais em arrecadação ou em corte de gastos ineficientes. O teto informal de gastos foi, na prática, abandonado. Com isso, a trajetória da dívida se torna ainda mais preocupante, afetando a credibilidade do país e contribuindo para a manutenção de juros altos, que por sua vez desestimulam o investimento e pressionam o consumo.
Esse ciclo vicioso em que o Estado gasta mais do que arrecada, recorre ao endividamento e impõe o custo da sua ineficiência ao cidadão comum é a síntese do nosso problema estrutural. A dívida crescente reduz a capacidade de investimento do setor público e gera incerteza nos agentes privados, desvalorizando o real, elevando o custo de vida e corroendo o poder de compra da população. E como se não bastasse, a alternativa muitas vezes utilizada para financiar esse desequilíbrio — emissão de moeda — alimenta a inflação e compromete ainda mais a estabilidade econômica.
A verdade é que ninguém no alto escalão quer falar sobre o que realmente precisa ser feito. Cortar privilégios, enxugar a máquina pública, revisar carreiras estatais e eliminar desperdícios continua sendo um tabu. Essa omissão não é técnica. É política. Muitos vivem da expansão do Estado, e poucos têm coragem de propor limites. Enquanto isso, o trabalhador vê seu esforço sendo drenado para sustentar uma máquina inchada, lenta e, muitas vezes, ineficiente.
O Brasil não está sendo governado. Está sendo administrado para sobreviver — às custas de quem produz. Ou enfrentamos esse problema agora, com seriedade e coragem, ou estaremos fadados a viver numa espiral de estagnação, juros altos e perda contínua da nossa liberdade financeira. O tempo para decidir se queremos ser um país produtivo ou um Estado endividado está acabando. E quem vai pagar a conta, como sempre, já está bem definido.
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